domingo, 8 de maio de 2011

Maio: o mês da luta da classe trabalhadora

Hoje, 8 de maio, se comemora o Dia das Mães, muita coisa se fala nesse dia... temos que agradecer a pessoa que é responsável pela nossa existência, presentear com o que ela merece, comprar, comprar e comprar...

Para se compreender o sentimento de mãe (se isso for possível), remeto-me ao grande livro do autor russo Máximo Gorki, A MÃE. É considerado o mais importante trabalho do autor, escrito em 1907. Nesse livro, podemos ver qual seria o papel dessas grandes mulheres na vida de um jovem que luta para construir um mundo novo.

Com a descrição perfeita do cenário, das suas personagens, Máximo Gorki coloca o leitor dentro da história, o que faz da obra uma das melhores, sem nenhuma dúvida já lida. Aconselhamos...

O mês de maio não é só o mês das mães e sim o mês que representa a luta dos trabalhadores, pois é no seu primeiro dia que se comemora o Dia do Trabalhador e a conhecida “Noite das Barricadas”. O Dia do Trabalhador foi criado durante a II Internacional Socialista ocorrida em Paris em 20 de Junho de 1889, em homenagem a grande greve dos trabalhadores de Chicago – EUA, onde milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia, o que não impediu a organização e luta da classe trabalhadora estadunidense.

Não podemos deixar de lado o Maio de 1968 francês. A França, durante todo este mês, viveu uma das mais efervescências política de sua história. A partir da luta dos estudantes, que resultou da insatisfação da estrutura tradicionalista das universidades francesas. Nesse processo, que iniciou no dia 23 de março de 1968 com a ocupação da Sorbonne pelos estudantes, destacamos o dia 10 de maio, quando os estudantes ergueram barricadas nas ruas centrais de Paris que davam acesso ao Quartier Latin, centro universitário da cidade. A maior batalha entre a polícia e os manifestantes deu-se nesta área e ficou a ser conhecida pela “Noite das barricadas”.

Outro momento importante no grande maio francês foi o dia 13, onde houve a primeira manifestação conjunta de estudantes e trabalhadores. Mais de um milhão de trabalhadores e estudantes aderiram a uma greve geral e marcharam pelas ruas de Paris em protesto contra as ações policiais dos dias anteriores diante os manifestantes.

Saudações....

quinta-feira, 5 de maio de 2011

UEPB Parada: Estamos em GREVE!


Após os funcionários do setor técnico-administrativo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) deflagrarem a greve no dia 27 de abril, os professores também decidiram, (nesta quinta-feira, dia 5 de maio), durante assembléia, aderir ao movimento. As categorias cobram respeito do Governo à autonomia financeira da instituição e também que o repasse financeiro do Estado seja maior.


Nas organizações da classe trabalhadora, na luta por direitos e por uma sociedade mais justa, a greve sempre se faz presente! Quando há intransigência dos patrões e do Estado, os trabalhadores deflagram greve para mobilizar a classe e “obrigar” à classe dominante (os patrões e o Estado) a atender suas reivindicações.


No Brasil a primeira grande greve aconteceu no ano da grande revolução socialista bolchevique, em 1917. O movimento operário parou todo o estado de São Paulo nesse ano e, desde então, a greve vem se tornando um instrumento de luta da classe operária de SP, destaca-se a região do ABC paulista.


Atualmente este instrumento de luta da classe trabalhadora vem sofrendo com distorções por parte dos empregadores em especial os gestores públicos que buscam denegrir a imagem dos trabalhadores manipulando a opinião pública com a conivência da imprensa burguesa, ou seja, do Partido da Imprensa Golpista, responsabilizando o trabalhador (no caso o funcionário público) pela ineficiência do estado, acusando-os de serem privilegiados e de fazerem a máquina pública e a população reféns das greves.


Em nosso estado, vimos que não é diferente, os professores da rede estadual de educação são ameaçados de demissão (no caso dos prestadores de serviço) e de terem o ponto cortado (no caso dos efetivos) se permanecerem em greve, por reivindicarem o piso salarial nacional. Em resposta, os professores continuam em greve e caso as ameaças do estado sejam cumpridas, não há o termino do ano letivo.


Hoje, os professores da UEPB entram em greve, lutando pela defesa da Lei da autonomia da instituição e contra os cortes nos repasses do governo estadual para a UEPB.
O nosso desejo é que não houvesse a necessidade da greve, mas, diante do cenário político-social...., é o que nos resta fazer!



Saudações...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Para não Esquecer...

O golpe liderado pelos militares, que depôs o presidente João Goulart, representou a reação dos setores conservadores da sociedade brasileira à manutenção da política populista no país. Nesse período a luta de classes no Brasil nunca ficou tão latente, destacando as duas vertentes sociais. Numa, estava o Brasil das Reformas de Base, empenhado em abrir perspectiva para uma nova área, fundada numa prosperidade oriunda da ativação da economia rural e da mobilização da economia urbana, ampliada através das outras reformas em marcha: a urbana, a fiscal, a educacional e a administrativa. Na vertente oposta, a mais reacionária e de extrema direita, estava o Brasil da reação, em união sagrada para a conspiração e o golpe, sem qualquer escrúpulo, a fim de manter a velha ordem.

O Brasil tinha como perspectiva construir, a capacidade de transformar-se para superar o atraso e acabar com a pobreza, quando sobreveio o Golpe Militar de 1964.

O Golpe Militar de 1964 foi uma irrupção abrupta do fluxo histórico brasileiro, que reverteu seu sentido natural, com efeitos indeléveis sobre a soberania e sobre a economia nacional e também sobre a cidadania, sobre a sociedade e sobre a cultura brasileiras. Vínhamos, há décadas, construindo a duras penas uma Nação autônoma, moderna, socialmente responsável e respeitosa da ordem civil, quando sobreveio o golpe e a reversão.

O golpe militar teve como finalidade, basicamente, impedir aquelas reformas. Para isso é que mobilizou os latifundiários, em razão dos seus interesses; e os políticos da UDN e do PSD, que vinham minguando de ano a ano. Apesar de poderosas, estas forças nativas não podiam, por si mesmas, derrubar o governo. Apelaram então para o capital estrangeiro e seu defensor no mundo, que é o governo norte-americano, entregue à estratégia da guerra fria. Os conspiradores de 1964 não só aceitaram, mas solicitaram a intervenção estrangeira no Brasil, rompendo nossa tradição histórica de defesa ciosa da autonomia e de repulsa a qualquer ingerência em nossa autodeterminação.

Assim é que se pôs em marcha a operação de desmonte do governo constitucional brasileiro através de um golpe urdido na embaixada norte-americana, orientada pelo Departamento de Estado, a CIA, e coordenada pelo adido militar, Coronel Vernon Walters, que atou as ações golpistas dos governadores de Minas, do Rio de Janeiro e de São Paulo e as articulou com a conspiração subversiva dos oficiais udenistas das Forças Armadas, que maquinavam desde 1945 contra a democracia brasileira.

Tamanhos foram os danos da ditadura, que só nos resta a esperança de uma reversão radical, que devolva aos brasileiros a ousadia de tudo repensar para reinventar o Brasil que queremos. Estamos ainda sob os efeitos nefastos desta ditadura, cuja erradicação é a principal tarefa política dos brasileiros. Tarefa enormemente dificultada pela conivência dos políticos com e dos negocistas, solidários com a ordem privatista instituída pela ditadura, dispostos a jogar todo o seu poderio econômico no suborno do eleitorado, com o objetivo de perpetuar os seus privilégios.




Saudações...