quarta-feira, 28 de março de 2012

Em Memória João Pedro Teixeira

02 de abril de 2012
CINQUENTENÁRIO DO ASSASSINATO DE
JOÃO PEDRO TEIXEIRA
Líder das LIGAS CAMPONESAS

"Eu sei que o nego vai morrer, que esta luta vai ser abafada; vai ficar como um fogo de monturo por baixo. Mas quando ele se levantar mais tarde, caboclo... aí não tem água que apague este fogo".
(João Pedro Teixeira)

          Líder fiel das Ligas Camponesas - até o fim, e com o sacrifício de sua própria vida! -, João Pedro vive em nós e em nossas lutas! Luta por Reforma Agrária! Luta pela dignidade e por cidadania dos camponeses e camponesas.
          A João Pedro, a Elizabeth Teixeira, a João Alfredo, a Pedro Fazendeiro, a Gregório Bezerra, a Francisco Julião, aos bravos protagonistas do Engenho Galiléia e a tantos outros camponeses e camponesas lutadores, ilustres ou anônimos, rendemos homenagem, deles e delas fazendo memória. Uma memória sempre grávida de utopia, utopia revolucionária, de que se faça justiça aos sonhos mais generosas da humanidade, de terra, trabalho e liberdade para todos os que vivem do seu trabalho, no campo ou na cidade! Sonho de uma autêntica Reforma Agrária, em relação à qual passos significativos foram dados – como ignorar, na Paraíba, a conquista de mais de duzentas famílias assentadas! -, mas da qual ainda estamos longe...
        Em João Pedro Teixeira e em tantos lutadores e lutadoras, de ontem e de hoje, nos inspiramos para o enfrentamento exitoso dos desafios presentes, associando-nos aos mesmos sonhos de construção de uma sociedade justa e solidária, na qual a Reforma Agrária já não seja uma expressão vaga, mas uma realidade concreta, que permita aos Trabalhadores e Trabalhadoras do campo e da cidade uma vida digna e de qualidade social, em harmonia com a Mãe-Natureza.
         Ontem, hoje, no dia 2 de abril e sempre, sigamos fazendo memória, revisitando João Pedro Teixeira e as Ligas Camponesas, movidos por três dimensões complementares: memória-mística-utopia, recolhendo as lições do seu denso legado; preparando-nos para enfrentar os desafios presentes, com lucidez e criatividade, e dispondo-nos a avançar na luta por uma sociedade alternativa à barbárie do Capitalismo.
        Eis a perspectiva a partir da qual nos lançamos à realização do Ato Público, em Sapé e em Barra de Antas, no próximo dia 2 de abril, data em que, há precisos 50 anos, João Pedro Teixeira foi covardemente assassinado (pelos latifundiários da região), e cujo corpo foi plantado como semente boa que há de germinar, no tempo oportuno, graças às nossas lutas de hoje e de amanhã.
(Alder Julio Calado)


Mais informações sobre o Cinquentenário do assassinato do João Pedro Teixeira: